O maracatu é uma manifestação cultural afro-brasileira que tem suas raízes nas tradições africanas trazidas pelos escravos para o Brasil. É uma celebração que mistura música, dança e religiosidade, sendo muito presente na cultura do estado de Pernambuco. Apesar de ser conhecido principalmente pelo ritmo forte e dançante, o maracatu é muito mais do que isso. É uma forma de expressão cultural que representa a luta e a resistência da comunidade negra. A origem do nome maracatu é incerta, mas acredita-se que venha da junção das palavras “maracá” (instrumento musical de percussão) e “atu” (pessoas). Ou seja, maracatu significa “pessoas do maracá”. O maracatu é dividido em dois principais tipos: o maracatu de baque virado e o maracatu rural. O primeiro é o mais conhecido e se caracteriza pela presença de um cortejo formado por um grupo de percussionistas, dançarinos e personagens como o rei e a rainha do maracatu. Já o segundo é mais rústico e tem como principal instrumento o ganzá, acompanhado por outros instrumentos de percussão. Para além da festa, o maracatu também possui uma forte conotação religiosa, sendo considerado um culto de origem africana. Há muitos anos, o maracatu é utilizado como forma de adoração aos orixás e ancestrais, e essa tradição continua viva até hoje. Em resumo, o maracatu é uma forma de expressão artística e religiosa que marca a história e a identidade cultural do Brasil. Seja como celebração ou como ritual, essa manifestação afro-brasileira é uma poderosa forma de resistência e luta contra as desigualdades sociais e raciais.